Javaporco
Javaporco
O javaporco é um animal híbrido originário do cruzamento entre o porco doméstico (Sus scrofa domesticus) e o javali (Sus scrofa). O animal costuma viver em bandos e tem hábitos diurnos. Possui hábitos alimentares similares ao do javali, é omnívoro, com preferência por vegetais como raízes, frutos, castanhas e bagos encarcerados sementes, também incluem animais em sua dieta, como caracóis, minhocas, insetos e ovos de aves. Costumam revirar o solo em busca de alimento e também invadem terras cultivadas, causando prejuízos a produtores rurais. Podem pesar até 250 kg.
É uma espécie invasora que está causando inúmeros problemas ambientais no Brasil, além de estar relacionada ao aumento de casos de doenças como raiva e leptospirose.
Origem
A sua hibridação foi realizada de forma intencional em alguns criadouros, visando a comercialização da carne, por possuirem características mistas das duas espécies que lhe deram origem, acredidava que a carne seria com menos gordura, e haveria uma facilidade maior para reprodução. Pode ser encontrado no Brasil em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.A disseminação do javaporco aconteceu a partir da Argentina e do Uruguai adentrando o Brasil. Até 2006, o animal se espalhou principalmente pelo interior de São Paulo e grandemente na região amazônica, onde causa danos severos à economia e ao meio ambiente. Há registros do animal também na Mata Atlântica.
Javali x Javaporco
Javali é um suídeo nativo da Eurásia e do norte da África, ocorrendo tanto em áreas abertas como em ambientes florestais. Vivem em varas, são corpulentos e chegam a atingir até 200 kg. São onívoros, tendo o comportamento de revirar o solo enquanto forrageiam à procura de alimento. Podem se reproduzir com muita facilidade, iniciando seu ciclo de reprodução com um ano de idade, parindo de 6 a 10 filhotes por ninhada.
Estes animais foram trazidos para a América do Sul com a finalidade de
criação e abate, para consumo da carne, mas acabaram sendo soltos e
fugindo dos criadouros, se tornando um exótico invasor.
O javaporco é um híbrido do porco doméstico (Sus scrofa domesticus) e do javali (Sus scrofa). A sua hibridação
foi realizada de forma intencional em alguns criadores para consumo da
carne. Contudo, espécimes do javali que escaparam dos criadouros se
adaptaram ao ambiente e ocasionalmente cruzaram com o porco doméstico.
Os principais países que obtiveram uma rápida disseminação do javaporco
foram Argentina e Uruguai. Até 2006 havia registros confirmados do javaporco nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia. Houve relatos da chegada ao estado do Rio de Janeiro, invadindo o Parque Nacional de Itatiaia.O javaporco, assim como o javali, pode ser considerado um engenheiro de ecossistemas. Seu hábito de andar em varas faz com que ocorra um enorme impacto através do pisoteio e da onivoria, cavando a terra enquanto forrageia e modificando a estrutura da vegetação.
O Invasive Species Group (ISSG) da IUCN classifica o javaporco como uma das 100 piores espécies invasoras, devido às suas características e hábitos alimentares que trazem prejuízos ao ecossistema e plantações. Além disso, o javaporco está relacionado à disseminação de doenças como a leptospirose relacionada as suas fezes em rios e lagos ou até mesmo no solo e a raiva. sendo relacionada a sua agressividade.
'Maldição' dos javaporcos aflige cidades da região
Praga devasta plantações, irrita produtores e expõe necessidade de políticas de controle
Animais fortes
Independentemente da miscigenação, o resultado são animais fortes,
rápidos e muito astutos, o que dificulta o trabalho de produtores rurais
que já tentaram de tudo para espantar o bicho: armadilhas, rojões e até
líquido para permanente de cabelo. Mas nenhum recurso é capaz de
afugentá-los por muito tempo. As medidas são paliativas, e logo os
animais voltam em bando deixando a lavoura destruída.
Os javaporcos provocam a aceleração do processo de erosão do solo e pisoteiam nascentes,não perdoam nem o milho em semente e o adubo de solo.
Sem predador
De acordo com o engenheiro florestal, a solução é a longo prazo a
partir de metodologia técnica de controle, o que ainda não existe no
País. “Ninguém deu ênfase ao problema e agora o animal ataca todo tipo
de lavoura e animais pequenos. De mandioca a galinheiro, passando por
filhote de paca em toca na terra, ovos de pássaros que nidificam no chão
e até bezerros que chamam a atenção do javali pelo cheiro da placenta.
Quase nada escapa à voracidade do bicho.”
Adaptação
O maior problema é que a cada geração a partir do contato com os
humanos e suas armadilhas o animal fica mais adaptável. Segundo o
pesquisador, eles já sobrevivem a queimadas, são capazes de correr de
cães e até atravessar rios a nado. Outras modificações são as presas,
que adquiriram formato reto como adagas, e atingem de oito a dez
centímetros.

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